sábado, 11 de abril de 2009

domingo, 8 de março de 2009

Água potável do futuro vai ser tratada com luz e nanotecnologia

















Consumo médio diário de água no país é de 200 litros por pessoa. ONU aponta consumo de 180 litros como suficiente ao ser humano.

Nos grandes centros urbanos do país e cidades com mais de 120 mil habitantes, o consumo de água pode chegar a 320 litros por dia, por pessoa. Os números, divulgados pela H2C - Consultoria e Planejamento de Uso Racional da Água, apontam para dados alarmantes lembrados neste sábado (22), o Dia Internacional da Água.

Segundo o engenheiro Paulo Rogério Costa, consultor e especialista em programas de racionalização de consumo de água, o pior exemplo é a cidade de Brasília, que, no período de um dia, chega a registrar um consumo de mil litros de água por pessoa. “Segundo referência da Organização Mundial de Saúde (OMS), o ser humano precisaria de apenas 40 litros por dia. Mesmo pelo parâmetro da Organização das Nações Unidas (ONU), o consumo de uma pessoa deveria ser de 180 litros por dia. Então nossos números são absurdos”, destaca.

Ainda de acordo com Costa, a média de consumo do brasileiro é de 200 litros de água por dia. E essa redução não resulta de campanhas de conscientização nem de investimentos públicos no setor, mas de falta de acesso à água. “Para cada R$ 100 milhões gastos em saneamento básico, são economizados R$ 300 milhões na área da saúde. Não é possível que ninguém enxergue isso”, diz.

Economia que compensa

Em uma residência com quatro moradores fixos, gastos de água com o uso do chuveiro representam 46% do consumo da casa. O vaso sanitário, pode chegar a 12% do consumo e a cozinha, a 14%. “Excessos podem e devem ser evitados de maneira simples e sem transtornos. Além de cuidar do meio ambiente, a economia é refletida também nas contas”, diz. Um bom exemplo são os resultados obtidos com a instalação de hidrômetros individualizados, em casos de condomínios de prédios. “A medição individual e o pagamento individual levam à economia porque dói no bolso do consumidor”, alerta.


Aprenda a calcular o potencial de economia de água em sua casa

Para aprender a calcular o potencial de economia de água em sua casa, ao receber sua próxima conta de água, o especialista orienta para a verificação do consumo em metros cúbicos. Multiplique o consumo em metros cúbicos por mil (já que cada metro cúbico equivale a mil litros de água) e, em seguida, divida o valor encontrado pelo número de moradores fixos da casa. Esse resultado equivale ao consumo diário médio de cada morador. Caso ele ultrapasse os 180 litros propostos pela ONU, coloque em prática as medidas de economia listadas abaixo para alcançar a meta.


Aprenda a calcular o potencial de economia de água em sua casa

Para aprender a calcular o potencial de economia de água em sua casa, ao receber sua próxima conta de água, o especialista orienta para a verificação do consumo em metros cúbicos. Multiplique o consumo em metros cúbicos por mil (já que cada metro cúbico equivale a mil litros de água) e, em seguida, divida o valor encontrado pelo número de moradores fixos da casa. Esse resultado equivale ao consumo diário médio de cada morador. Caso ele ultrapasse os 180 litros propostos pela ONU, coloque em prática as medidas de economia listadas abaixo para alcançar a meta.

Água potável do futuro vai ser tratada com luz e nanotecnologia

A combinação criativa de antigas e novas tecnologias pode melhorar um bocado a qualidade e a abundância da água potável no mundo, de acordo com um artigo científico publicado na edição desta semana da revista britânica "Nature". No trabalho, pesquisadores das principais universidades americanas avaliam que áreas relativamente novas da ciência, como a nanotecnologia, têm potencial para eliminar o risco de doenças transmitidas pela água e fazer com que o mar se torne um imenso reservatório para consumo humano.

No artigo da "Nature", a equipe coordenada por Mark Shannon, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (EUA), avalia que está na hora de deixar de lado os sistemas de tratamento de água baseados apenas no uso do cloro. É claro que a água clorada ajuda um bocado na prevenção de doenças, mas ela deixa passar uma série de microrganismos (tanto bactérias quanto protozoários) que podem causar infecções intestinais sérias, entre outros problemas.

A resposta, para Shannon e companhia, é adotar a velha máxima bíblica: faça-se a luz. Eles recomendam o uso de produtos químicos especiais ativados pela ação da luz visível ou dos raios ultravioleta, que ajudariam a destruir os patógenos (causadores de doenças) que se escondem dentro d'água. A mera ação da luz já é capaz de detonar muitos desses vilões, e a combinação com substâncias especiais ajudaria a potencializar esse efeito. Para conseguir isso, regiões mais pobres poderiam criar estações de tratamento diretamente acessíveis à luz solar, ou então, em áreas com mais recursos, desenvolver redes de fibra óptica que levariam.

Menos poluentes, menos sal

Outro truque que as estações de tratamento de água poderão realizar no futuro envolve o DNA, a molécula mais importante para a hereditariedade dos seres vivos. Em laboratório, os cientistas já estão usando o DNA como uma espécie de "ímã" para elementos químicos nocivos na água -- com isso, é possível detectar com alto grau de precisão poluentes em quantidades baixas, mas que ainda são podem ser perigosas.

O grande sonho da ciência nesse ramo, contudo, envolve a dessalinização -- ou seja, o uso da água salgada do mar ou de lagos salobros para o abastecimento humano. Nesse ramo, a grande promessa são os nanotubos de carbono -- estruturas tubulares com tamanho da ordem de apenas um bilionésimo de metro. O interessante é que elas conseguem deixar passar a água e reter o sal com altíssimo grau de afinidade química, o que possibilitaria, no futuro, filtros para a água do mar com grande eficiência.

Reação química resulta em água de cor paradisíaca na Costa Rica

Rio Celeste mantém um azul impressionante por 36 quilômetros. Queda do rio no Parque Nacional Vulcão Tenório atrai muitos turistas.

Reação química entre carbonato de cálcio e enxofre resulta neste azul paradisíaco do rio Celeste, na Costa Rica. A água mantém esta cor por um extensão de 36 quilômetros, que inclui o Parque Nacional Vulcão Tenório, em Upala.

TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS DO SÃO FRANCISCO




Com a terra molhada o agricultor José Pereira Souza vai semeando frutas. A água do São Francisco garante a colheita. Muito diferente da região que depende da chuva, onde ele vivia com a família. "Imagina a vida de quem ficou lá sofrendo, sofrendo muito", diz o agricultor. O São Francisco, que já irriga mais de 120 mil hectares de terra, também vai matar a sede de nordestinos que moram longe dele. É o que pretende o Governo Federal com o projeto de transposição. Seriam construídos dois grandes canais para levar água a algumas regiões da seca.

O primeiro vai partir de um braço do rio, ao lado do morro, no município de Cabrobó, Pernambuco. Segue pelo Sertão Pernambucano, chega à Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Um canal de 402 quilômetros. O outro, terá pouco mais da metade: 220 quilômetros. Sai da Represa de Itaparica, no baixo São Francisco e cruza outras áreas do semi-árido, podendo chegar à região de Campina Grande, na Paraíba.

Técnicos do Ministério da Integração Regional já estão trabalhando nas áreas por onde os canais vão passar. Cerca de 70 mil pessoas que moram em pequenas comunidades rurais seriam alcançadas pelas águas da transposição. A idéia é não deixar secar, aguadas e açudes menores que ficam até 2,5 quilômetros dos canais. Riachos que correm apenas quando chove forte, seriam perenizados, de acordo com o projeto do governo.

A água retirada do rio vai precisar subir montanhas para chegar ao destino programado. Estações de bombeamento serão construídas. A primeira vai funcionar no meio da Caatinga. "Essa estação vai levar água a 20 quilômetros onde vai existir mais outra estação, depois uma terceira, até atingir 180 metros do nível do rio. A água vai subir e depois desce por gravidade", conta a engenheira Ana Karolina Souza. Serão nove estações de bombeamento. Três no canal maior e seis no outro, onde a água vai precisar chegar a 300 metros de altura. Obstáculos como esse encareceram o projeto. A obra deve custar cerca de R$ 4,5 bilhões. Todo esse investimento é justificado pela importância da obra, diz o coordenador do projeto, Pedro Brito. “Ele vai beneficiar 12 milhões de pessoas no Nordeste setentrional, levando uma condição de convivência com a seca, uma condição de que agora esses 12 milhões de nordestinos terão como se proteger do efeito danoso da seca”, avalia o coordenador.

Água para irrigação só em períodos de chuva no São Francisco, prevê o projeto. A prioridade é matar a sede do homem e dos animais. "Um açude como este não seca mais. Mas se não chover de agosto para novembro, ele já começa a controlar a água, não utiliza mais para irrigação, para nenhuma atividade agrícola, a não ser a pecuária", explica a engenheira Elianeiva Odísio.

Um dos canais vai passar por dentro da roça do agricultor Francisco Vieira. "Com a água nós plantamos, nós bebemos, nós criamos um bichinho, e sem água não faz nada", comenta Francisco. Pedro Barbosa diz que para ele a vida não vai mudar.O canal vai passar a dez quilômetros de lá. "Bebem água dessa cisterna oito casas. E cada casa tem oito pessoas, oito famílias. Quando a água seca tem que esperar o pipa. Se não chegar a gente passa sede, não tem água nem para cozinhar", diz o agricultor Pedro Barbosa.



O projeto prevê a construção de 23 barragens para garantir a vasão até o fim dos canais. Já estão sendo cadastradas, 750 famílias que vão ser transferidas de suas terras. O aposentado Bernardino dos Santos, de 81 anos, ainda não se acostumou com a idéia de ver embaixo d´água o lugar em que nasceu e criou a família. “Eu não estava com vontade de sair não. Só saía quando eu morrer. Não tenho vontade, mas de maneira nenhuma", afirma Bernardino.

São 300 metros abaixo do local de onde a água será retirada, a preocupação é outra. Os índios trukás, que vivem numa das ilhas do São Francisco, estão com medo de faltar água para eles. "Um braço do rio vai morrer. Ele está cheio porque as comportas da barragem estão abertas. Quando eles fecham, ele fica mais baixo e muito. Com essa retirada d´água ele vai secar", aponta o cacique Aurivando Barros.

O técnicos dizem que, em épocas de seca, 26 mil litros de água por segundo serão retirados do rio para alimentar os canais de transposição. Isso corresponde a 1,4% da vazão média do São Francisco. "A vazão firme do rio, a vazão liberada por Sobradinho, é de 1,850 mil metros cúbicos por segundo, ou seja: 1,850 milhão litros por segundo. Nós só vamos retirar 16 mil litros por segundo nesse ponto do rio", informa a engenheira Elianeiva Odísio.

Tantas mudanças, num rio tão importante para o país, divide opiniões. “O rio vai secar, já está seco e mais seco vai ficar. Então, nós não aceitamos, de maneira nenhuma a transposição. Nós queremos é revitalização. Porque sabemos que revitalização vai engordar o rio”, acredita Antônio Gomes dos Santos, do Comitê da Bacia do Rio S.Francisco. “Não basta analisar a situação da transposição a partir de médias. Você precisa analisar os momentos críticos que esse rio tem como os momentos de cheia e perceber qual vai ser o impacto da transposição nos momentos de depressão violenta, que o rio sofre com falta de água”, avalia Roberto Malvezzi, pesquisador.

“É um projeto de alta responsabilidade ambiental. Todos os impactos ambientais foram avaliados. Nós estamos absolutamente seguros quanto ao projeto estar perfeitamente acabado e estruturado para ser implementado imediatamente”, afirma o coordenador Pedro Brito. O tempo dirá quem tem razão. Com ou sem transposição, os nordestinos torcem para que o São Francisco continue sempre distribuindo suas águas generosas.


ENERGIA QUE VEM DO SÃO FRANCISCO




Três Marias, Minas, é a primeira das nove hidrelétricas. A última é Xingó, entre Alagoas e Sergipe. As águas do São Francisco contribuem com 17% para a produção de energia no Brasil. ”A energia é uma das utilidades da água do rio, que é uma utilidade inclusive interessante porque nós não gastamos água, nós aproveitamos a água que passa”, diz José Ailton Lima, diretor da Chesf. Com as hidrelétricas, muitos sertanejo foram obrigados a abandonar suas terras. O sertão virou mar. Só o lago de Sobradinho se espalha por 350 quilômetros. Oito cidades foram inundadas e reconstruídas em outro lugar. Cerca de 100 mil pessoas foram transferidas. Mas começa nas belas cachoeiras de Paulo Afonso a história da energia hidráulica no Nordeste. No início do século passado, o industrial Delmiro Gouveia, conseguiu produzir eletricidade para alimentar sua fábrica, aproveitando apenas a força da queda d´água. "O papel da água no processo de geração de energia é só de força mecânica, é só impulsionar o eixo, fazer o eixo girar", explica João Lamartine Matos, engenheiro.
Um eixo grosso de ferro que pesa quase uma tonelada e meia. Ele fica abaixo do nível da represa. A gente não vê, mas é a água que despenca em tubos que faz tudo girar em alta velocidade. Estamos no coração de uma turbina. Entre as usinas de Sobradinho e Xingó estão em operação 42 turbinas transformando a água do São Francisco em eletricidade. E dessas turbinas dependem 50 milhões de pessoas, quase todas as cidades do Nordeste, incluindo oito capitais. São 18 mil quilômetros de redes de transmissão. O emaranhado de fios e cabos, em linha reta, cruzariam o Oceano Atlântico duas vezes. O agricultor Manoel Ferreira, mora perto do rio e vê a energia passar por dentro de sua roça, a poucos metros de casa. Mas não tem dinheiro para mandar fazer a instalação. "Me pediram R$ 13 mil para trazer energia aqui para casa, tão pertinho. Esse dinheiro eu não ganho num ano", conta ele.

A mãe de Manoel, a aposentada Isabel Ferreira, vive sonhando em poder um dia acender uma lâmpada. “No dia que chegar vai ser uma alegria na minha vida. Chega pulo de alegria”, fala ela. Levar luz elétrica para as casas é responsabilidade das empresas concessionárias. As usinas da Chesf, Companhia Hidrelétrica do São Francisco, são responsáveis pela produção e geração. De acordo com a mais recente pesquisa do IBGE, por amostragem de domicílio, 3% das residências brasileiras ainda não têm energia elétrica. Mais de 1,5 milhão famílias como a de Zé Clementino, que mora a 30 quilômetros do São Francisco, ainda vivem no tempo do candeeiro a querosene. É com sacrifício e força de vontade que os moradores do vilarejo de Baraúnas enfrentam a tristeza do escuro. As aulas noturnas dependem da luz do lampião. “Muitas vezes eles têm que terminar a tarefa em casa porque não dá para ver direito no quadro", lembra Elizoneide da Silva, professora.

Para a aposentada Otília Teixeira e Nicolau, viver sem energia elétrica é como não enxergar. Também na roça, luz, geladeira, televisão, são equipamentos importantes e ajudam a quebrar a monotonia. "Antes era uma tristeza. A gente não via nada, não sabia de nada. E hoje a gente está vendo, está conhecendo, tem mais contentamento pela vida não é não?”, fala Otília. Para produzir energia, o homem não só alterou o curso natural do São Francisco, como também controla suas águas. Depende da barragem de sobradinho, mais de 90% do sistema elétrico do Nordeste. É que a vasão liberada lá, alimenta as outras usinas, rio abaixo. "Independente dos próximos períodos chuvosos, nós podemos garantir que nos próximos dois anos nós teremos água suficiente para suprir o Nordeste de energia elétrica", avalia Paulo Vieira, gerente da usina de Sobradinho. Hoje, o reservatório de Sobradinho está cheio, mas em 2001 ele secou, chegou a 5% do volume normal e o São Francisco, por pouco, não parou de fornecer energia.


A NAVEGAÇÃO NO SÃO FRANCISCO

Bancos enormes de areia. Ilhas fluviais estão surgindo no meio do rio. Conseqüência da destruição das matas que protegiam as margens. A navegação ficou mais difícil. Como a areia se movimenta, até os mais experientes navegadores ficam desorientados. O São Francisco já perdeu a metade do seu trecho navegável. Há seis anos, a hidrovia tinha 1,370 quilômetros. Começava em Pirapora, Minas, e terminava em Juazeiro, na Bahia. Hoje, o transporte fluvial de cargas só consegue operar em pouco mais de 600 quilômetros do trecho baiano, de Ibotirama a Juazeiro. Entre outubro e dezembro, período de pouca água, o rio atinge o seu nível mais baixo: um metro e meio de profundidade, em média. Com isso, o risco de encalhar aumenta e a capacidade do transporte de cargas diminui.


Parte da produção de grãos do oeste da Bahia é transportada pelo rio. A única empresa que opera a hidrovia é do governo federal. Deficitária, frota de velhas embarcações, a empresa tem projetos para triplicar a capacidade de carga que atualmente não passa de 150 mil toneladas por ano. "Ampliando a nossa capacidade para 450 mil toneladas ano, nós vamos tirar das estradas 15 mil carretas. Já imaginou a economia de combustível e a conservação das estradas?", diz Lúcio Barreto, presidente da Franave. Em média, o transporte de cargas pela hidrovia é 30% mais barato. Mas ampliar a frota só, não resolve, dizem os técnicos. É preciso investir também em obras de desassoreamento. "Quando o rio está cheio a gente manda duas mil toneladas numa viagem só. Quando está seco manda a metade, mil toneladas, no máximo", conta Gelson Rodrigues, gerente. Mesmo com carga reduzida a navegação é difícil. Em muitos trechos, o calado dos cargueiros corresponde à profundidade das águas. "Os cascos das embarcações vão arrastando a areia porque não acha profundidade suficiente", explica Antonio Carlos dos Santos, piloto.



Apesar de 21 anos no comando de uma embarcação, o piloto Antonio Carlos, diz que ainda precisa adivinhar por onde passa a calha do rio. "Na seca é complicadíssimo, encalha muito. Já perdi a conta de quantas vezes encalhou comigo”, diz ele. Benjamim Guimarães, uma das mais antigas embarcações do São Francisco. Até a metade do século passado, esta era uma das poucas alternativas de transporte entre Minas e Bahia. A capacidade do velho vapor era de 90 toneladas de carga, 240 passageiros. Quem tinha condições, viajava num camarote de cinco metros quadrados, duas camas, com direito a comida e bebida. Era uma semana de viagem entre Pirapora e Juazeiro. Ia a 14 km/h e muita lenha no forno. "A cada meia hora a gente coloca lenha que é para gerar pressão", informa Francisco Amancio Neto, foguista.

E é a pressão da alta temperatura que produz o vapor e faz toda essa engrenagem funcionar. A tecnologia é americana. Foi construído nos Estados Unidos e chegou ao Brasil em 1920. Estava desativado e voltou a flutuar apenas em passeios turísticos, na região de Pirapora. Nos bons tempos da navegação, o velho vapor era festejado por onde passava. "O pessoal corria para o porto e muitas vezes era recebido com banda de música", lembra Cassiano José de Castro, piloto aposentado. Cassiano já está aposentado. Foram 40 anos no comando do vapor. A cantora Lourdes Barroso fazia parte da tripulação. Cantava para os passageiros. E foi durante as muitas viagens que ela conheceu seus amores. "Minha vida sempre foi cheia dos Franciscos. Meus namorados, meus maridos, que é o terceiro Francisco, meus filhos são também Francisco e esse Francisco aí que é a minha paixão", brinca ela.


DEVOTOS DO RIO SÃO FRANCISCO






Um rio de tradições, que faz o povo cantar e dançar. Um rio que inspira figuras assustadoras. Metade homem, metade bicho. O poder das carrancas serve até para espantar tempestades, acreditam os navegadores do São Francisco. Mas estas águas também abrigam um outro monstro temível. Caboclo d´água. Criatura estranha que mora nas profundezas do rio e na imaginação de muitos pescadores. Pode ser do bem ou do mal. Depende de como for tratado durante a pescaria. Ninguém sabe como, mas o pescador Reinaldo Alves dos Santos diz que consegue até enxergar o bicho. "O corpo dele é todo cabeludo, igual a um macaco. Tem cabeça. Só que a cabeça dele não tem um fio de cabelo, é careca, carequinha", conta ele. Uma garrafa de cachaça é o presente que o caboclo d´água gosta de receber. Se o pescador esquecer, o castigo é certo, segundo Reinaldo."Vai com o barco remando, pescando, ele pega no barco e segura. O barco não vai nem para frente, nem para trás. Isso já aconteceu comigo", diz Reinaldo.
Para três pescadoras não há maldição que atrapalhe a pescaria quando a fé no São Francisco é mais forte. "Nós aqui não temos uma riqueza maior que o Rio São Francisco. Dá para tudo. Dá viver dele e por ele", fala Maria Aparecida Mendes, pescadora. Uma grande paixão. Maria Aparecida e as filhas não gostam nem de pensar em ficar longe do rio. "Eu tive que fazer um tratamento em Belo Horizonte, mas eu sentia falta de lá, sonhava com meus amigos pescando. A gente sente falta até do balanço das águas. Sente falta de tudo. É muito bom viver no rio", afirma Maria Aparecida.

Feliz também é quem pode contar com ele quando a chuva falha. Para quem mora perto das águas não há plantio sem colheita. "Para mim ele é um grande pai, igualmente a Jesus porque dá o sustento para gente sobreviver. Se não fosse o rio a gente não vivia lá", conta Enock Sérgio da Silva, agricultor. Melão, melancia, uvas. Frutas das terras da seca. Em Bom Jesus da Lapa, na Bahia, o São Francisco é testemunha de outros milagres. Nas margens do rio a gruta na montanha de arenito é a catedral das promessas e das graças alcançadas. Todo ano o santuário é visitado por mais de 700 mil romeiros. Para os devotos do Bom Jesus, é milagrosa a água do São Francisco que escorre pelas pedras.

A aposentada Valdete da Silva Souza veio pede emprego para uma de suas netas. "Eu tenho fé no Bom Jesus que ele vai arranjar um serviço para ela trabalhar", acredita ela. Fé e amor pelo rio. Sentimentos que sempre acompanham quem vive no Vale do São Francisco. Para o professor de filosofia, Roberto Malvezzi, que pesquisa as tradições da área, Os Barranqueiros, como também são conhecidos, são dignos de admiração. "Essa relação com o rio, de cuidado, de carinho, de respeito e dependência é uma das características fundamentais da população beiradeira do São Francisco. Uma população que tem raiz tradicional, histórica, que gosta do seu rio e que depende dele ainda", avalia o professor.

Cerca de 12 milhões de brasileiros, de alguma forma, dependem do São Francisco. Gente como as ceramistas de Januária, em Minas, que busca nas barrancas do rio a matéria-prima da panela de barro. O povo do São Francisco é muito mais do que sinônimo de resistência. É também exemplo de preservação cultural, de respeito aos ancestrais. Em cada curva do rio, uma surpresa. Em que outro lugar do Brasil se tem o privilégio de conhecer uma tribo que elegeu uma mulher como cacique? Com 38 anos e há 15 liderando a aldeia. Maria Kirirí impõe a autoridade que herdou do pai. "Escreveu não leu o pau comeu. Índio que é índio tem que andar na linha com a liderança, porque eu quero botar ele no caminho certo", avisa Maria Kirirí, cacique. Segundo o pagé, não há quem ouse desobedecê-la. “Na hora que ela grita, todo mundo chega junto, de grandes a pequenos, todo muito respeita”, garante Domingos kirirí, pagé Kirirí. Como bons barranqueiros, os índios Kirirís também são filhos orgulhosos do Velho Chico.


UM PATRIMÔNIO BRASILEIRO



Um caminho que leva esperança, que distribui riqueza por terras secas. Águas que trazem alegria, resistência, que iluminam. Esse rio é um dos grandes patrimônios. Sua missão é socorrer. Serra da Canastra, Noroeste de Minas. No topo, a 1,3 mil metros de altura, que fica o berço do São Francisco. A água vai brotando do chão e corre se escondendo no capinzal. É surpreendente ver como um rio tão grandioso começa de maneira tão discreta, quase invisível. Para proteger a nascente essa região virou parque nacional. "Se o parque não existisse nós não estaríamos vendo a nascente do Rio São Francisco, porque nessa bacia já estaria se formando pastagens, lavouras de soja, estaria tudo destruído", diz Vicente Paulo Leite, chefe do parque. Ainda com jeito de riacho o São Francisco vai rasgando o chapadão da Canastra, revelando jardins, acolhendo animais. Um cenário de paraíso que enche os mineiros de orgulho. "Nós somos privilegiados. Quem no Brasil consegue conviver com o Velho Chico bebê? E que bebê lindo, maravilhoso", brinca Renilda Soares Dupin, empresária.

Pelo menos lá, a água é pura, cristalina. "Esse é o único trecho do São Francisco que ainda não sofre poluição. A qualidade dessa água é equivalente à água mineral, água potável pode beber”, conta Paola Vieira Ribeiro, bióloga. Depois da cascata, o rio entra numa garganta de pedras e se despede da montanha. Quase 200 metros de queda d´água, uma bela e grande cachoeira. É cheio de vigor que o São Francisco salta do berço, abandona a sua infância e cresce fazendo uma longa viagem. A viagem que integra cinco estados brasileiros, que mata a sede, a fome, que salva milhões de nordestinos. Uma extensão de 2,7 mil quilômetros. É o maior rio genuinamente brasileiro. Minas, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe são os estados que recebem suas águas.

O que seria dos pescadores, das lavadeiras, dos agricultores, sem o São Francisco? Mas o mesmo homem que tanto precisa de suas águas insiste em maltratá-lo. Quase todas as cidades ribeirinhas despejam seus esgotos no rio. Outro problema grave começa no cerrado mineiro, diz o professor Ivo Chagas, pesquisador da universidade estadual de Minas. Para construir estradas vicinais estão matando até pequenos riachos que deságuam nos afluentes. "É como se tirasse o sangue do São Francisco", fala o pesquisador. As matas do cerrado que seguem os riachos estão virando carvão para alimentar siderúrgicas. É o desmatamento o inimigo mais devastador. De acordo com as leis ambientais, as matas ciliares são intocáveis. Quer dizer: a vegetação das margens dos rios não pode ser destruída mas, no caso do São Francisco, já não há o que preservar em grande parte de sua extensão. No lugar das árvores só tem capim. As pastagens avançam até o leito. Pelos cálculos dos ambientalistas, chega a 80% a destruição das matas ciliares do Rio São Francisco. "O fazendeiro, o proprietário que faz uma coisa como essa, esse desmatamento generalizado, ele está prejudicando a si próprio, porque o rio termina avançando sobre o terreno dele", avalia Ivo Chagas.



É o que já está acontecendo há muito tempo. Sem a proteção natural, a água vai desbarrancando as margens, derrubando árvores, desalojando famílias. Há cinco anos, era de 300 metros a distância entre uma casa e a calha do rio. A construção das barragens alterou a reprodução dos peixes. Eles precisam subir a correnteza para desovar, mas não conseguem passar dos paredões. A produção da pesca diminuiu. "Há 10, 12 anos atrás a gente vendia 300, 400 quilos de peixe por dia. Hoje, vende 30, 40, quando vende muito", lembra Sebastião Ferreira, vendedor de peixe. Pescadores chegam da pescaria. Passaram a noite trabalhando. "Eu já peguei 100 quilos de peixe numa noite. Dessa vez peguei uns 15 quilos mais ou menos", diz Edmilson do Nascimento, pescador. Pescador há mais de 50 anos, o pescador Antonio Mendes da Costa, diz que não tem encontrado o peixe mais cobiçado do rio. "Está com mais de um ano que eu não pego um. O surubim está difícil", fala ele. Surubim, pirá, pacamã. As espécies mais ameaçadas estão sendo reproduzidas nos laboratórios. Em Três Marias, Minas, os biólogos da estação de piscicultura trabalham para repovoar as águas do rio.

Águas que chegam cansadas ao fim da viagem. O Velho Chico, que avançava até quatro quilômetros mar a dentro, ficou sem força até para proteger o povo que morava em sua foz. O Vilarejo do Cabeço, em Sergipe, foi engolido pelas ondas. Casas, escola, igreja, tudo desapareceu. O farol ficava na areia da praia. Mais de 50 famílias moravam lá, inclusive a aposentada Juracy Gonçalves que há quatro anos foi obrigada a se mudar. "Se o rio São Francisco não tivesse tão fraquinho, todos nós estávamos morando lá", lamenta ela. Sem força e maltratado. O Velho Chico, salvação dos nordestinos, está doente e precisa de socorro. "O rio São Francisco não é um paciente terminal. Ele não está condenado à morte, ele tem cura. Tudo depende do homem, da consciência daqueles que se utilizam e usufruem desse grande patrimônio nacional", acredita o pesquisador Ivo Chagas.


22/3/2007
DIA MUNDIAL DA ÁGUA (22/03)
ELA TAMBÉM TEM SEUS DIREITOS.



CUIDEM BEM DELA!!!!!!

No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a "Declaração Universal dos Direitos da Água" (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.

Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.


DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA

Em 22 de março de 1992 a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o "Dia Mundial da Água", publicando um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água". Eis o texto que vale uma reflexão:

1.- A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.

2.- A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.

3.- Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

4.- O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

5.- A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

6.- A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

7.- A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

8.- A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

9.- A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

10.- O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.


CONSUMO RACIONAL DE ÁGUA
Gastar mais de 120 litros de água por dia é jogar dinheiro fora e desperdiçar nossos recursos naturais. Veja algumas dicas de como economizar água - e dinheiro - sem prejudicar a saúde e a limpeza da casa e das pessoas. Saiba mais sobre economia de água em residências, vazamentos e lavagem e conservação de caixa d'água.


BANHEIRO: Na hora do banho - Banho de 15 minutos? Olha o nível. Aprenda como não esbanjar. Procure não tomar banhos demorados. Cinco minutos no chuveiro são suficientes para um bom banho. Com banhos mais rápidos nosso consumo de água é muito menor. Economizar água é esbanjar inteligência. Curiosidades: Banho de ducha por 15 minutos, com o registro meio aberto, consome 135 litros de água numa casa e 243 litros no apartamento. Se fecharmos o registro, ao se ensaboar, e reduzimos o tempo para 5 minutos, o consumo cai para 45 litros em casa e 81 litros no apartamento. No caso de banho com chuveiro elétrico, também em 15 minutos com o registro meio aberto, são gastos 45 litros na residência e 144 litros para quem mora em apartamento. Com os mesmos cuidados que com a ducha, o consumo cai para 15 e 48 litros respectivamente. Dica: Coloque um balde embaixo do chuveiro para armazenar a água enquanto não esquenta. Essa água pode ser utilizada para outras atividades da casa, como colocar a roupa de molho ou lavar a roupa.


Escovar os dentes e fazer a barba com capricho e com a torneira fechada. Abra-a apenas para enxaguar. Se uma pessoa escova os dentes em cinco minutos com a torneira não muito aberta, gasta 12 litros de água. Este volume pode chegar a 80 litros para os moradores de apartamento. No entanto, se molhar a escova e fechar a torneira enquanto ensaboa os dentes e, ainda, enxaguar a boca com um copo de água consegue economizar mais de 11,5 litros de água em casa e 79 litros no apartamento. Ao lavar o rosto em um minuto, com a torneira meio aberta, uma pessoa gasta 2,5 litros de água. A dica é não demorar. O mesmo vale para o barbear. Em 5 minutos gastam-se 12 litros de água. Com economia o consumo cai para 2 litros.


Vaso sanitário e descarga: Lugar de lixo é no lixo. Jogando no vaso sanitário você pode entupir o encanamento. E o pior é que o lixo pode voltar pra sua casa. Não use o vaso sanitário como lixeira ou cinzeiro e nunca acione a descarga à toa, pois gasta muita água. Mantenha a válvula da descarga sempre regulada e conserte os vazamentos assim que eles forem notados. Uma bacia sanitária com válvula com o tempo de acionamento de 6 segundos gasta 10 litros de água. Quando a válvula está defeituosa, pode chegar a gastar até 30 litros.


COZINHA: Ao lavar a louça, primeiro limpe os restos de comida dos pratos e panelas com esponja e sabão e só aí abra a torneira para molhá-los. Ensaboe tudo que tem que ser lavado e então abra a torneira novamente para novo enxágüe. Só ligue a máquina de lavar louça quando ela estiver cheia. Na higienização de frutas e verduras utilize cloro ou água sanitária de uso geral (uma colher de sopa para um litro de água, por 15 minutos). Depois, coloque duas colheres de sopa de vinagre em um litro de água e deixe por mais 10 minutos, economizando o máximo de água possível. A cada copo de água que você toma, são necessários pelo menos outros 2 copos de água para lavá-lo. Por isso, combata o desperdício em qualquer circunstância.

Curiosidades: Numa casa, com a torneira meio aberta em 15 minutos, são utilizados 117 litros de água. Já no apartamento, o gasto chega a 243 litros. Com economia o consumo pode chegar a 20 litros. Uma lavadora de louças com capacidade para 44 utensílios e 40 talheres gasta 40 litros. O ideal é utilizá-la somente quando estiver cheia


LAVANDERIA: Junte bastante roupa suja antes de ligar a máquina ou usar o tanque. Não lave uma peça por vez.
Caso use lavadora de roupa, procure utilizá-la cheia e ligá-la no máximo três vezes por semana. Se na sua casa as roupas são lavadas no tanque, deixe as roupas de molho e use a mesma água para esfregar e ensaboar. Use água nova apenas no enxágüe. E aproveite esta última água para lavar o quintal ou a área de serviço.

Curiosidades: No tanque, com a torneira aberta por 15 minutos, o gasto de água pode chegar a 279 litros. O melhor é deixar acumular roupa, colocar a água no tanque para ensaboar e manter a torneira fechada. E que tal aproveitar a água do enxágüe para lavar o quintal? A lavadora de roupas com capacidade de 5 quilos gasta 135 litros. O ideal é usá-la somente com a capacidade total. Dica: Ao lavar a roupa, aproveite a água do tanque ou máquina de lavar e lave o quintal ou a calçada, pois a água já tem sabão.


JARDIM: Jardim: Use um regador para molhar as plantas ao invés de utilizar a mangueira. Você sabe qual o volume gasto nesta atividade? Ao molhar as plantas durante 10 minutos o consumo de água pode chegar a 186 litros. Para economizar, a rega durante o verão deve ser feita de manhãzinha ou à noite, o que reduz a perda por evaporação. No inverno, a rega pode ser feita dia sim, dia não, pela manhã. Mangueira com esguicho-revólver também ajuda. Assim, pode-se chegar a uma economia de 96 litros por dia!


PISCINA: Se você tem uma piscina de tamanho médio exposto ao sol e à ação do vento, você perde aproximadamente 3.785 litros de água por mês por evaporação, o suficiente para suprir as necessidades de água potável (para beber) de uma família de 4 pessoas por cerca de um ano e meio aproximadamente, considerando o consumo médio de 2 litros / habitante / dia. Com uma cobertura (encerado, material plástico), a perda é reduzida em 90%


LAVAR CALÇADAS E CARRO- Confira agora algumas dicas para limpeza da calçada sem desperdício de água: Adote o hábito de usar a vassoura, e não a mangueira, para limpar a calçada e o pátio da sua casa. Se houver uma sujeira localizada, use a técnica do pano umedecido com água de enxágüe da roupa ou da louça. Use um balde e um pano para lavar o carro em vez de uma mangueira. Se possível, não o lave durante a estiagem (época do ano em que chove menos).

Curiosidades: Lavar calçada com a mangueira é um hábito comum e que traz grandes prejuízos. Em 15 minutos são perdidos 279 litros de água. A melhor opção é usar a vassoura e um balde reutilizando a água de limpeza das roupas. Muita gente gasta até 30 minutos ao lavar o carro. Com uma mangueira não muito aberta, gastam-se 216 litros de água. Com meia volta, o desperdício alcança 560 litros. Para reduzir, basta lavar o carro somente uma vez por mês com balde. Nesse caso, o consumo é de apenas 40 litros


CAIXA D’ÁGUA: Faça sua parte e mantenha sua caixa d’água limpa – ela deve ser lavada pelo menos a cada seis meses. Assim, a saúde de sua família estará sempre garantida.

Confira aqui dicas para fazer isso da forma correta e, o mais importante, com segurança:

1) Programe com antecedência o dia da lavagem da sua caixa d’água. Escolha de preferência um fim-de-semana em que você não tenha compromissos agendados.

2) Tenha certeza de que a escada que dá acesso à caixa está bem posicionada e que não há o risco de escorregar.

3) Feche o registro da entrada de água na casa ou amarre a bóia.

4) Armazene água da própria caixa para usar enquanto estiver fazendo a limpeza

5) O fundo da caixa deve estar com um palmo de água.

6) Tampe a saída para poder usar este palmo de água do fundo e para que a sujeira não desça pelo ralo.

7) Utilize um pano úmido para lavar as paredes e o fundo da caixa. Se a caixa for de fibrocimento, substitua o pano úmido por uma escova de fibra vegetal ou de fio de plástico macio. Não use escova de aço, vassoura, sabão, detergente ou outros produtos químicos.

8) Retire a água da lavagem e a sujeira com uma pá de plástico, balde e panos. Seque o fundo com panos limpos e evite passá-los nas paredes.

9) Ainda com a saída da caixa fechada, deixe entrar um palmo de água e adicione dois litros de água sanitária. Deixe por duas horas e use esta solução desinfetante para molhar as paredes com a ajuda de uma brocha e um balde ou caneca de plástico.

10) Verifique a cada 30 minutos se as paredes secaram. Se isso tiver acontecido, faça quantas aplicações da mistura forem necessárias até completar duas horas.

11) Não use esta água de forma alguma por duas horas.

12) Passadas as duas horas, ainda com a bóia amarrada ou o registro fechado, abra a saída da caixa e a esvazie. Abra todas as torneiras e acione as descargas para desinfetar todas as tubulações da casa.

13) Procure usar a primeira água para lavar o quintal, banheiros e pisos.

14) Tampe bem a caixa para que não entrem insetos, sujeiras ou pequenos animais. Isso evita a transmissão de doenças. A tampa tem que ter sido lavada antes de ser colocada no lugar.

15) Anote do lado de fora da caixa a data da limpeza. Abra a entrada de água da casa e deixe a caixa encher. Esta água já pode ser usada.


VAZAMENTOS: Aprenda a verificar vazamentos em casa ou no edifício, em torneiras e em vaso sanitário.


Hidrômetro: Confira o seu relógio de água (o hidrômetro). Deixe os registros na parede abertos, feche bem todas as torneiras, desligue os aparelhos que usam água e não utilize os sanitários. Anote o número que aparece ou marque a posição do ponteiro maior do seu hidrômetro. Depois de uma hora, verifique se o número mudou ou o ponteiro se movimentou. Se isso aconteceu, há algum vazamento em sua casa.

Torneira: Este tipo de vazamento é caracterizado por torneira pingando quando fechada. Quando isso acontecer, troque o "courinho". Gotejando, uma torneira chega a um desperdício chega a um desperdício de 46 litros por dia. Isto é, 1.380 litros por mês. Ou seja, mais de um metro cúbico por mês ou mil litros e água. Um filete de mais ou menos 2 milímetros totaliza 4.130 litros por mês. E um filete de 4 milímetros, 13.260 litros por mês de desperdício. Um buraco de 2 milímetros no encanamento pode causar um desperdício de 3.200 litros por dia, isto é, mais de três caixas d' água.


Vaso Sanitário: Jogue cinzas (de cigarro, por exemplo) no fundo do vaso sanitário. Se ela ficar depositada no fundo do vaso, ele está livre de vazamentos. Se houver movimentação, é sinal de vazamento na válvula ou na caixa de descarga.


Cuidar da REDE DE ESGOTO também é cuidar da saúde: A rede de esgotos está pronta, a ligação também. Mas o seu bom funcionamento depende muito das pessoas. Veja aqui os cuidados para que não seja causado prejuízo a ninguém:
Quando se abre a torneira da pia da cozinha, liga o chuveiro, dá descarga na bacia sanitária ou lava a roupa, inicia-se a formação de esgotos.

Os esgotos são canalizados e caem numa caixa de concreto e, dela, vão para a rua. Na rua, os esgotos encontram tubos maiores que, por sua vez, vão dar em grandes canais subterrâneos chamados interceptores. Estes tubos levam os esgotos até a estação de tratamento, para serem tratados e serem lançados, sem perigo, em rios, lagos ou no mar.

Não jogue papel higiênico, absorvente, fralda, ponta de cigarro, preservativo, gilete ou lixo de qualquer espécie no vaso sanitário. Não jogue pó de café, restos de comida, cascas de fruta, legumes, óleo e qualquer outro tipo de detrito na pia da cozinha.

E atenção: os ralos do lado de fora da casa não podem ser ligados à rede de esgotos. Se isso acontecer, corre-se o risco de que o esgoto volte pelos ralos e pias, para dentro de casa.

Fonte: http://www.sabesp.com.br/pura/dicas_testes/default.htm

PLANETA ÁGUA

Como pode um planeta tão úmido ter tanta escassez de água fresca?
97% DA ÁGUA DO GLOBO TERRESTRE É SALGADA
03% DA ÁGUA DO GLOBO TERRESTRE É DOCE
DESTES 03% TEMOS:
90% DESTA ÁGUA É SUBTERRÂNEA
10% ÁGUA DISPONÍVEL PARA O CONSUMO


Se quisermos proteger nossos suprimentos de água e garantir que tenhamos água potável suficiente no futuro, temos que agir drasticamente para conservar precioso recurso. Temos que aprender a não nos ater à conservação apenas em épocas de secas ou de racionamento, mas sim incorporar isso em nossas vidas todos os dias.

A água tem influência direta sobre a saúde, à qualidade de vida e o desenvolvimento do ser humano. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus países membros, “todas as pessoas, em quaisquer estágios de desenvolvimento e condições sócio-econômicas têm o direito de ter acesso a um suprimento adequado de água potável e segura”.

“Segura”, neste contexto, refere-se a uma oferta de água que não representa um risco significativo à saúde, que é de quantidade suficiente para atender a todas as necessidades domésticas, que está disponível continuamente e que tenha um custo acessível. Estas condições podem ser resumidas em cinco palavras-chave: qualidade, quantidade, continuidade, cobertura e custo. De acordo com o relatório “Situação Global de Suprimento de Água e Saneamento - 2000”, apesar do tremendo esforço nas duas últimas décadas para melhorar os serviços de abastecimento de água e saneamento nas regiões mais pobres dos países em desenvolvimento, muita gente ainda não foi beneficiada. Hoje, 2,4 bilhões de pessoas em todo o mundo (quase a metade da população do planeta) não vivem com condições aceitáveis de saneamento, enquanto 1,1 bilhões de pessoas não têm sequer acesso a um adequado abastecimento de água. O documento, concluído em novembro de 2000, resulta do Programa de Monitoramento do Suprimento. A qualidade da água, por si só (em particular a qualidade microbiológica da água), tem uma grande influência sobre a saúde. Se não for adequada, pode ocasionar surtos de doenças e causar sérias epidemias. Os riscos à saúde, associados à água, podem ser de curto prazo (quando resultam da poluição de água causada por elementos microbiológicos ou químicos) ou de médios e longos prazos (quando resultam do consumo regular e contínuo, durante meses ou anos, de água contaminada com produtos químicos, como certos metais ou pesticidas).

Doenças infecciosas relacionadas à água:

A água microbiologicamente contaminada pode transmitir grande variedade de doenças infecciosas, de diversas maneiras:

1) Diretamente pela água (water-borne diseases): provocadas pela ingestão de água contaminada com urina ou fezes, humanas ou animais, contendo bactérias ou vírus patogênicos. Incluem cólera, febre tifóide, amebíase, leptospirose, giardíase, hepatite infecciosa e diarréias agudas.

2) Causadas pela falta de limpeza e de higiene com água (water-washed diseases): provocadas por má higiene pessoal ou contato de água contaminada na pele ou nos olhos. Incluem escabiose, pediculose (piolho), tracoma, conjuntivite bacteriana aguda, salmonelose, tricuriase, enterobiase, ancilostomiases, ascaridiase.

3) Causadas por parasitas encontrados em organismos que vivem na água ou por insetos vetores com ciclo de vida na água (water-based and water-related diseases).

Incluem esquistossomose, dengue, malária, febre amarela, filarioses e oncocercoses.

Os números mostram a gravidade do problema: A cada oito segundos, uma criança morre devido a uma doença relacionada à água.

Contaminação por metais:

Os casos mais comuns de contaminação da água por metais ocorrem com arsênio, chumbo, cádmio e mercúrio. Um dos episódios mais conhecidos foi a contaminação, por mercúrio, das águas e dos peixes da Baía de Minamata, no Japão, entre 1956 e 1967, que afetou mais de 20 mil pessoas e provocou 1004 mortes. O metal era descarregado na água por uma fábrica que produzia aldeído acético (ver “Valores de Referência da Qualidade da Água”)
Flúor na água.

A fluoretação da água numa concentração ótima de 1 mg/l é considerada uma maneira segura no sentido de alcançar um importante beneficio para a saúde pública, ao fornecer, a toda população, proteção importante contra as cáries dentárias.

O que fazer dentro de casa:

Conserte torneiras pingando e vazamento em canos. A perda de uma gota de água por segundo representa o desperdício de cerca de 9 mil litros de água por ano.

Instale chuveiros de baixo fluxo, privadas de baixo fluxo, e arejadores para torneiras. Os arejadores podem reduzir o uso da água da torneira em até 60 por cento.

Guarde a água de beber na geladeira em vez de deixar uma torneira aberta enquanto espera a água esfriar.

Feche a torneira enquanto escova os dentes.

Encha a pia com água para pré-enxaguar a louça antes de colocá-la no lavador em vez de passá-la sob água corrente.
Use o lavador de pratos e a máquina de lavar apenas quando estiver totalmente cheia.

O que fazer fora de casa:

A água não usada ou pouco usada geralmente serve para outros propósitos. Enquanto espera a água do chuveiro esquentar, coloque um balde no chuveiro para coletar água para regar as plantas. Sobras da água de beber e de cozinhar também podem ser usadas no jardim.

Use uma vassoura para limpar entradas de carro e calçadas.

Lave o carro com um balde d'água ou desligue a mangueira entre os enxágües.

Quando possível, plante plantas que consomem pouca água ou espécies nativas.

Agrupe plantas com necessidades semelhantes de água.

Regue o gramado e as plantas de manhãzinha ou à noite.

A cada ano, mais de cinco milhões de seres humanos morrem de alguma doença associada à água não potável, ambiente doméstico sem higiene e falta de sistemas para eliminação de esgoto.

Estima-se que, a qualquer momento do dia, metade de toda a população nos países em desenvolvimento esteja sofrendo de uma ou mais entre as seis principais doenças associadas ao abastecimento de água e saneamento (diarréia, ascaris, dracunlíase, esquistossomose, ancilostomíase e tracomas).

Nos países da América Latina e Caribe, existem 168 milhões de pessoas sem abastecimento de água e as enfermidades de origem hídrica aparecem entre as três principais causas de morte na região. A epidemia mais significativa dos últimos anos, nesta área, foi a da cólera, originada em 1991, no Peru e que se estendeu por 21 países da região, com mais de 1.200.000 de casos registrados até 1997.

Na América Latina e Caribe, as enfermidades de maior incidência relacionadas com a qualidade da água, além da cólera, são:

Diarréias em crianças, responsáveis por 80 mil mortes e uma média de 3 casos diarréicos por ano.

Hepatite vírica, cuja incidência se encontra entre 24 e 29 casos por 100.000 habitantes nos países da América do Sul.

Amebíase e febre tifóide, endêmicas em muitos países.

Entamoeba histolytica, identificada como a causa de algumas epidemias resultantes da contaminação do abastecimento de água por águas residuárias.

Na América Latina e Caribe apenas 10% das águas residuárias recebem algum tipo de tratamento, em geral, inapropriado.

Colaboração: Homar Rogério de Bragança

Dessalinizador gera água potável com energia solar






A necessidade de água potável em muitas partes do mundo poderá ser suprida por meio de uma fonte natural: a luz do Sol. Engenheiros da Universidade da Flórida (Estados Unidos) desenvolveram um sistema que utiliza vácuo induzido por gravidade e energia solar, ao invés de eletricidade ou combustíveis fósseis para dessalinizar água. Com isto, a necessidade de água potável em muitas partes do mundo poderá ser suprida por meio de uma fonte natural e renovável de energia: a luz do Sol.

O sistema é significativamente mais eficiente do que os dessalinizadores a energia solar já conhecidos. Além disso, ele é simples e barato o suficiente para ser construído em locais remotos onde o suprimento convencional de energia elétrica pode ser muito caro ou mesmo impraticável.

"Nós sabemos que a natureza utiliza energia solar para extrair água pura da água salgada," afirma Yogi Goswami, professor de Engenharia Mecânica do Laboratório de Energia Solar daquela Universidade. "Nós usamos o mesmo processo da natureza, exceto que nós aceleramos o processo."

A natureza tem o seu próprio processo de dessalinização. A água pura evapora do oceano, forma nuvens, condensa-se e cai sob a forma de chuva. Os cientistas recriaram e aceleraram esse processo explorando a energia solar e a pressão atmosférica natural.

O cerne do novo sistema consiste em um tubo em formato de U, colocado de cabeça para baixo, com uma das pontas suspensa sobre um tanque de água salgada e a outra sobre outro tanque, mas com água potável. Quando o cano de cerca de 10 metros de altura é preenchido com água, uma parte dela cai para os tanques, criando um vácuo em sua parte mais alta.

A área do cano onde ocorre o vácuo é cercada por um evaporador que circula água aquecida por um coletor solar. O calor faz com que a água salgada comece a evaporar, um processo que é facilitado pelo vácuo porque ele baixa significativamente o ponto de evaporação da água. O vapor resultante adentra então em um condensador, que o faz voltar ao estado líquido, já como água potável, sem sal. A água pura segue então pela segunda perna do U até o tanque de água dessalinizada.

Testes em uma versão experimental, em pequena escala, mostraram uma eficiência do sistema de 90%, o que significa que 90% da energia solar levada ao dessalinizador foi utilizada no processo. Os equipamentos até agora apresentados não superam os 50% de eficiência, segundo o Dr. Goswami. Embora o sistema experimental produza apenas cerca de um copo de água pura a cada hora, ele pode ser construído em maior escala, aumentando essa produção.

A dessalinização da água do mar há muito tempo tem sido considerada uma opção atrativa para a crescente demanda mundial de água potável. Afinal, os oceanos têm nada menos do que 97,5% de toda a água do planeta. Mas os sistemas atuais de dessalinização consomem muita energia, tornando-os impraticáveis para países muito pobres.

O novo sistema, construído de tubos comuns e outras peças largamente disponíveis no comércio, oferece uma solução potencialmente de baixo custo para dessalinizar a água do mar em locais remotos. Apesar de sua baixa produção, ele pode ser facilmente aplicado para servir pequenas comunidades que não dispõem de energia ou cujo custo da energia elétrica seja muito elevado.

Redação do Site Inovação Tecnológica